Os Aventureiros na Cidade Flutuante

 

Subitamente, começou a ouvir vozes perto. Olhou em seu redor, mas não conseguiu ver quem falava. Vinha do seu lado esquerdo. Quando estava para se vir embora uma voz que ele reconheceu chegou-lhe mais perto. Furtado!
— Estou a perder a paciência! Preciso de pôr as mãos naquilo o mais cedo possível.
Cris recuou e encostou-se à parede. Não queria ser visto.
— Vai ser complicado, num navio a abarrotar de gente, conseguir deitar a mão àquilo… Bolas!
O rapaz esforçou-se por perceber todas as palavras. Infelizmente, não reconhecia a outra voz. Falava mais baixinho e parecia-lhe também estar mais longe.
— Já imaginaste se cai nas mãos da polícia? O estrago que haveria?
— Nem sequer fales nisso, idiota! Nós vamos colocar as mãos naquilo e já tenho um belo plano para o fazer. Agora com os pais longe é muito mais fácil a concretização desse plano.
— E qual é?
— Raptarmos um dos garotos. Resta saber qual deles…
Ouviu uma risadinha abafada de Furtado.
— O melhor é o irmão da garota e assim obrigamo-la a entregar a mochila.
— O rapaz louro?
— Esse mesmo! E quando colocamos o plano em prática?
— Amanhã mesmo!
Cris arregalou os olhos, estarrecido. Estavam a planear raptá-lo!

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