Os Aventureiros na Ilha Misteriosa

 

— E tu?, achas que eu sou parvo?… É bom que comeces a falar, senão o teu priminho vai nadar amarrado…. — Ameaçou o homem, por entredentes.
— Vá pastar caracóis!
— Vais falar, a bem, ou a mal!
Fido tirou a mordaça da boca de Cris. — Vê se o convences a falar, senão vais dar um mergulho…
— Não digas, Tó Jú! Se lhe disseres, ficamos todos presos…
De repente, Guerra perdeu as estribeiras e empurrou Cris para fora do barco. Este caiu ao mar, com grande estardalhaço, afundando-se imediatamente.
Tó Jú mal podia crer no que acontecera. Soltou um grito terrível e, de cabeça perdida, levantou-se e deu uma cabeçada em cheio no estômago de Guerra, com tal violência que ele caiu borda fora. Tentou fazer o mesmo ao outro, mas este conseguiu desviar-se a tempo. Imediatamente lhe apontou a arma.
— Pára já, senão levas um tiro!
— Salvem o meu primo! JÁ! — Gritou Tó Jú, fora de si.
O outro homem estava a tentar entrar no barco. Aterrado, olhava para trás com receio dos tubarões. O comparsa ajudou-o a entrar, sem deixar de apontar a arma ao rapaz.
Enraivecido, Guerra aproximou-se de Tó Jú e deu-lhe um soco tão forte que o deixou estendido no chão.
— Maldito! — Exclamou o barbudo, a tremer de raiva. Teve um arrepio ao ver as barbatanas dos tubarões à tona d’água.

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