O aparecimento do homem, decidiu-os. Saltaram para a água, estremecendo ao senti-la gelada. Para completar, a chuva caía-lhes em cima, sem dó.
Deixaram-se ir com a corrente e entraram no túnel abobadado. A água dava-lhes pelo pescoço.
Safa!, estou gelado até aos ossos! — Disse Cris, batendo os dentes como castanholas. Olhou para o primo que nadava ao seu lado, segurando a lanterna com os dentes. A pouca luz que saía da lanterna incidia na água escura. Não era nada agradável estar naquele túnel, a tiritar de frio.
Chegaram a uma parte do túnel em que a água quase chegava ao cimo. Tinham de avançar com a cabeça para trás, com os narizes quase colados ao tecto.
— Se isto continuar durante mais algum tempo, não teremos ar para respirar… — observou Cris, um pouco pálido.
O primo concordou, preocupado.
— Temos de estar com atenção a alguma saída que apareça de repente. Enche o peito de ar, Cris!