Minutos mais tarde, nadavam na lagoa, satisfeitos, quase esquecidos do tempo precioso que tinham perdido.
Daniel mergulhou e abriu os olhos debaixo d’água, dando algumas braçadas. Um vulto escuro chamou-lhe a atenção, mas vendo que tinha pouco fôlego, subiu, inspirando profundamente.
— Bia, está um embrulho qualquer no fundo da lagoa! Anda ver!
E mergulhou de novo, imitado pela prima. Nadaram por baixo d’água, de olhos abertos. Eram ambos óptimos nadadores. Aproximaram-se daquilo que espicaçara a curiosidade do rapaz e tocaram-lhe. Era duro e pesado. Vieram ao de cima novamente para respirarem e fitaram-se, arquejantes e de olhos a brilhar.
Foram recebidos por João que desatou a cumprimentá-los, satisfeito. Não gostava nada de os ver desaparecer por baixo de toda aquela água.
— Que será aquilo, Daniel?! — Exclamou Bia, excitada.