Bia levantou-se sem fazer o menor ruído e pegou na jarra. Pé ante pé e com o coração a bater desordenadamente dentro do peito, aproximou-se dele…
— Psst!
O homem voltou-se para trás, surpreendido e… CRÁS! Levou com a jarra na cabeça! Olhou com cara de parvo para a pequena e entortou os olhos, fazendo-a rir. Depois, caiu pesadamente no chão.
Bia aproximou-se, cautelosamente. Tocou-lhe com o pé. Parecia estar mesmo desmaiado… Para se certificar de que ele não acordaria tão cedo, e sempre alerta, tirou-lhe um sapato e deu-lhe uma traulitada na cabeça. De seguida, olhou à sua volta.
João saltou em redor dele e deu-lhe uma bicada numa perna. Arrancou-lhe também um tufo de cabelo e pareceu triunfante com a façanha. Depois, foi largando os cabelos em cima dele, delirante.
Quieto, João! Ainda o deixas careca. O tipo deve ter vindo buscar qualquer coisa. – murmurou Bia, olhando à sua volta, enquanto desatava o cachecol. – Tenho de o esconder. O outro não tarda a aparecer por aí.
Reunindo todas as suas forças puxou o homem pelos braços e depois empurrou-o para debaixo da cama.